São, naturalmente, corteses os votos de “muita tranquilidade institucional para 2009” dirigidos pelo Senhor Presidente da Republica ao Presidente do Parlamento.
Contudo, estas atitudes catitas e passivas do “supervisor máximo” do funcionamento da nossa Democracia e das respectivas instituições Democráticas, começam a passar os limites da preocupação.
O PR, assume cada vez mais a postura de mocho, isto é, “falar, não fala; Agora presta muita atenção…”
Este novo episódio dos “votos”, faz-me lembrar aquela piadola do indivíduo que, permanentemente, voltado para o céu, pedia a Deus que lhe saísse o Euro Milhões. Decorrido bastante tempo ouviu uma voz grossa bradar lá de cima: “ Caramba, eu faço-te a vontade, mas ao menos joga!"
Ora, com a crise grave que o País e a Europa atravessam e que se desenha imprevisível para 2009, o Presidente não se pode ficar, mais uma vez, no “nim”. Tirando as suas obsessões com o estatuto da região autónoma dos Açores e a lei do divórcio, nada diz de substancial em relação ao conflito na educação, aos escândalos dos banqueiros e do Banco de Portugal, enfim, em relação a tudo aquilo que devia tomar uma posição clara e firme e não toma. Discurse no Parlamento! Fale, seriamente, aos Portugueses na Televisão. Agora, aquilo não é postura de Semi-presidente!
Nos dias de hoje, “só votos” são para se enviarem por postaizinhos, mail ou por SMSs…
Em 2009, o Presidente não vai poder-se escapar. Ou assume definitivamente a postura de Avestruz ou, por muito que lhe custe, vai ter de ser bastante interventivo. Tipo Ramalho Eanes ou ainda mais!
Senão, teremos de avançar ou com o Duque de Bragança ou com o Presidencialismo (tipo Francês).
Lamento concluir lembrando que, infelizmente, desempregados e tipos que não fazem nenhum em Portugal, já os temos demais…
1 comentário:
Caro “Vesgo”:
Sinceramente isto não é fácil. Isto de defender princípios, valores, ética…, como dizem por aqui “os da brigada do poder, são tretas e conversa fiada”. Não temos dúvida que muita gente assim pensa e mesmo que não pense assim, como as dependências são tantas e agora com esta coisa “a crise” ainda se agravou mais.
No entanto, tu, nós e muitos outros que não se conformam cá continuamos a sonhar com um amanhecer melhor. Força para continuares. Agora o que é costume nesta época.
Festas felizes
Saudações Pinhelenses**
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