quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Circle of Life - Live in Ephesus



(Elton John/Tim Rice)

From the day we arrive on the planet
And blinking, step into the sun
There's more to be seen than can ever be seen
More to do than can ever be done

Some say eat or be eaten
Some say live and let live
But all are agreed as they join the stampede
You should never take more than you give

(Chorus)
In the Circle of Life
It's the wheel of fortune
It's the leap of faith
It's the band of hope
Till we find our place
On the path unwinding
In the Circle, the Circle of Life

Some of us fall by the wayside
And some of us soar to the stars
And some of us sail through our troubles
And some have to live with the scars

There's far too much to take in here
More to find than can ever be found
But the sun rolling high
Through the sapphire sky
Keeps the great and small on the endless round

(Chorus repeats)

On the path unwinding
In the Circle, the Circle of Life.

Pó de Arroz

(Carlos Paião)

Pó de Arroz,
Na face das pequenas
Será beleza apenas, só
Uma corzinha com

Pó de arroz
Rosa é, mulher o pôs
E o homem vai nas cenas
Eva e Adão outra vez

É como enfeitar um embrulho
Arroz com gorgulho talvez

Pó de arroz
Do teu arrozal
Esse pó que é fatal
És a tal que me encanta com

Pó de Arroz
Não faz nenhum mal
É de arroz integral
Infernal, quando chegas com
Todo o teu arroz

Pó de Arroz
Tens hoje só pra mim
Pós de perlimpimpim
És um arroz doce sim

Pode ser
Um canto de sereia
Serei a tua teia
E tu serás meu algoz

Mas quando te vais alindar
Alindada vens dar no arroz

A Whole New World (Aladdin, Disney)

Nunca o disse mas, provavelmente, não seria necessário. De qualquer forma, todos os vídeos que publico no Blogue são parte integrante da mensagem que quero passar. De forma lógica e continua...




(Disney Company)

(Aladdin) I can show you the world
Shining, shimmering, splendid
Tell me princess, now when did you last
Let your heart decide

I can open your eyes
Take you wonder by wonder
Over sideways and under
On a magic carpet ride

A whole new world
A new fantastic point of view
No one to tell us no
or where to go
Or say where only dreaming

(Jasmine) A whole new world
A dazzling place i never knew
But when I'm way up here
It's crystal clear
That now I'm in a whole new world
With you

(Aladdin) Now I'm in a whole new world with you

(Jasmine) Unbelievable sights
Indescribable feeling
Soaring, tumbling, free-wheeling
Through an endless diamond sky
A whole new world
(Aladdin) Don't you dare close your eyes
A hundred thousand things to see
(Aladdin) Hold your breath it gets better
I'm like a shooting star
I've come so far
I can't go back to where I used to be
(Aladdin) A whole new world
Every turn a surprise
With new horizons to pursue
Every moment red letter
(Together) I'll chase them everywhere
There's time to spare
Let me share this
Whole new world with you
(Aladdin)A whole new world
(Jasmine)A whole new world
(Aladdin)That's where we'll be
(Jasmine)That's where we'll be
(Aladdin)A thrilling chase
(Jasmine)A wondrous place
(Together)For you and me

Votos de Próspero Ano Novo!

(Clique na imagem para ampliá-la)


Vamos entrar em mais um ano, para variar, pior que os anteriores. E atenção: Não é o Vesgo que o afirma ou o augura.
Não obstante, deseja a todas as prezadas amigas e a todos os prezados amigos, ilustres conhecidas (os) e desconhecidas (os), enfim, a todas (os) aquelas (es) que ainda respiram dentro e fora deste rectângulo, as tradicionais “Boas Festas” fazendo votos que, contrariamente a tudo aquilo que de mau que se espera, pelo menos em 2009 ainda hajam q.b. essas “Bípedes sem Penas” para quem gosta e aprecia. Isto, independentemente da raça, sexo, condição social, religião, pensamento, etc. Claro, com muita saúde, harmonia familiar e algum graveto.
Que mais pode o Vesgo desejar? Afinal, apesar de tudo o que escrevemos ou defendemos, aquilo que nos faz mover desde o inicio dos tempos foi, é e será esse conceito relativo em teoria mas absoluto na prática, denominado Amor!
A foto, não representa necessariamente a mensagem mas, pelo menos as lésbicas e os homens heterossexuais, compreendem-me bem.
Quanto aos homossexuais, bissexuais e senhoras, lamento, mas depois de muito procurar nas imagens do Google, não encontrei nenhuma foto masculina que me seduzisse, pelo que me é impossível a sua publicação…
Até amanhã!
Vesgo
P.S.) Agradecido ao Lipinho de Tomar pelo envio da Foto!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Burocracias na Escola

Convicto que ainda vai a tempo:

domingo, 28 de dezembro de 2008

Time - by Freddie Mercury



(Dave Clark/John Christie)

Time waits for nobody
Time waits for nobody
We all must plan our hopes together
Or we'll have no more future at all
Time waits for nobody

We might as well be deaf and dumb and blind
I know that sounds unkind
But it seems to me we've not listened to
Or spoken about it at all
The fact that time is running out
For us all

Time waits for nobody
Time waits for no one
We've got to build this world together
Or we'll have no more future at all
Because time it waits for nobody

You don't need me to tell you what's gone wrong
You know what's going on
But it seems to me we've not cared enough
Or confided in each other at all
It seems that we've all got our backs
Against the wall

Time waits for nobody
Time waits for no one
We've got to trust in one onother
Or there'll be no more future at all

Time waits for nobody
Time waits for no one
Let's learn to be friends with one onother
Or there'll be no more future at all

Time, Time, Time, Time
Waits for nobody
Waits for nobody
Time, Time, Time, Time
Waits for nobody

Time waits for nobody
Time waits for no one
Let us free this world forever
And build a brand new future for us all

Nobody, nobody, nobody
For no one

Águas de Março



(Elis Regina/Tó Jobim)

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Cainga, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo
É o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de Março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira

Uma ave no céu, uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho

É um estrepe, é um prego
É uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projecto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terça
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho

Pau, pedra, fim do caminho
Resto de toco, pouco sozinho

Pau, pedra, fim do caminho,
Resto de toco, pouco sozinho.

Brothers in Arms



These mist covered mountains
Are a home now for me
But my home is the lowlands
And always will be
Some day you'll return to
Your valleys and your farms
And you'll no longer burn
To be brothers in arms

Through these fields of destruction
Baptisms of fire
I've witnessed your suffering
As the battles raged higher
And though they hurt me so bad
In the fear and alarm
You did not desert me
My brothers in arms

There's so many different worlds
So many different suns
And we have just one world
But we live in different ones

Now the sun's gone to hell
And the moon's riding high
Let me bid you farewell
Every man has to die
But it's written in the starlight
And every line on your palm
We're fools to make war
On our brothers in arms

(Dire Straits)

Tejo que Levas as Águas



(Adriano Correia de Oliveira)

Tejo que levas as águas
Correndo de par em par
Lava a cidade de mágoas
Leva as mágoas para o mar

Lava-a de crimes espantos
De roubos, fomes, terrores,
Lava a cidade de quantos
Do ódio fingem amores

Leva nas águas as grades
De aço e silêncio forjadas
Deixa soltar-se a verdade
Das bocas amordaçadas

Lava bancos e empresas
Dos comedores de dinheiro
Que dos salários de tristeza
Arrecadam o lucro inteiro

Lava palácios vivendas
Casebres bairros da lata
Leva negócios e rendas
Que a uns farta e a outros mata

Tejo que levas as águas
Correndo de par em par
Lava a cidade de mágoas
Leva as mágoas para o mar

Lava avenidas de vícios
Vielas de amores venais
Lava albergues e hospícios
Cadeias e hospitais

Afoga empenhos favores
Vãs glórias, ocas palmas
Leva o poder dos senhores
Que compram corpos e almas

Leva nas águas as grades
De aço e silêncio forjadas
Deixa soltar-se a verdade
Das bocas amordaçadas

Das camas de amor comprado
Desata abraços de lodo
Rostos corpos destroçados
Lava-os com sal e iodo

Tejo que levas as águas
Correndo de par em par
Lava a cidade de mágoas
Leva as mágoas para o mar

sábado, 27 de dezembro de 2008

Another Brick in the Wall - I



(Pink Floyd)

we don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave those kids alone
Hey! teachers! leave those kids alone!
All in all it's just another brick in the wall.
All in all you're just another brick in the wall.

We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave those kids alone
Hey! teacher! leave us kids alone!
All in all it's just another brick in the wall.
All in all you're just another brick in the wall.

"wrong, do it again!"
"wrong, do it again!"
"if you don't eat yer meat, you can't have any pudding. how can you
Have any pudding if you don't eat yer meat?"
"you! yes, you behind the bikesheds, stand still laddy!"

Fear of the Dark...



(Iron Maiden)

I am a man who walks alone
And when I'm walking a dark road
At night or strolling through the park

When the light begins to change
I sometimes feel a little strange
A little anxious when it's dark.

Fear of the dark, fear of the dark
I have constant fear that something's always near
Fear of the dark, fear of the dark
I have a phobia that someone's always there

Have you run your fingers down the wall
And have you felt your neck skin crawl
When you're searching for the light?
Sometimes when you're scared to take a look
At the corner of the room
You've sensed that something's watching you.

Have you ever been alone at night
Thought you heard footsteps behind
And turned around and no-one's there?
And as you quicken up your pace
You find it hard to look again
Because you're sure there's someone there

Watching horror films the night before
Debating witches and folklore
The unknown troubles on your mind
Maybe your mind is playing tricks
You sense, and suddenly eyes fix
On dancing shadows from behind.

Fear of the dark, fear of the dark
I have a constant fear, thought you heard
Fear of the dark, fear of the dark
I have a phobia that someone's always there.

When I'm walking a dark road
I am a man who walks alone

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Será que o Nosso Engenheiro Sabe?

Na sequência daquele discurso Natalício fabuloso do PM, caracterizado basicamente por insultar a inteligência de muitos Portugueses, alguns com a corda na garganta vítimas da sua desastrosa governação, apelo só e apenas à Comunicação Social que faça chegar ao Palácio de S. Bento esta notícia.
Por nada de especial:
Só para o Senhor Engenheiro saber que nós sabemos que ele também sabe;
Para o ilustre politico (que quer fazer “carreira”) que insiste em falar de um Portugal imaginário que os Tugas se esforçam por descobrir onde é que está, como homens de números, pegar nesta noticia e, quiçá, fazer uma adenda ao seu discurso…

Mudam-se os Tempos...

O Vesgo pede só para esquecerem as imagem do video porque, naturalmente, o poema é nobre demais para evocar memórias de reis, rainhas, presidentes, governantes ou outras merdas dessas.



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía

(Luis de Camões)

Quem me Dera Poder Acreditar...

Neste Post o Vesgo não manifesta sentido de humor porque o tema é sério demais e a sua educação não lhe permite brincar com coisas muito sérias.
Infelizmente, já está crescidinho e escaldado de mais para acreditar no Pai Natal.
Aproveitando o desespero, tristeza e aflição da classe média Portuguesa, vitimizada por uma governação “Sócretina” assente em impostos vezes impostos e mais impostos em alternativa ao incentivo à produtividade e ao emprego, de tal forma que – quem tem os pés bem firmes no Portugal real sabe-o bem - é ver famílias portuguesas inteiras na casa dos quarenta e não só cuja vidinha já apresentava alguma estabilidade dentro do “ser Português” na mais pura miséria na verdadeira acessão do termo, lá vem o PM em época Natalícia acenar aos Tugas um Mon Cheri!
Não, não, Senhor Engenheiro, o Vesgo não está a ser exagerado! V. Exa. e os vossos poucos mas bons amigalhaços, é que vivem, seguramente, noutro Portugal. Num optimismo compreensível mas que é de todo esquizofrénico quando fala do País e para o País. Se tiver duvidas, leia os relatórios da OCDE e de outras instituições credíveis. Acrescento-vos mais:
Para além de esquizofrénico é sádico.
Vamos por partes:
A sua governação é Socialista? Já teve oportunidade de ler os estatutos do P.S? Já releu o programa de governo que apresentou aos Portugueses aquando da sua eleição? Está mesmo convencido que “estes continuam todos estúpidos e tacanhos” como no estado novo? É que se ousa dizer sim, o Senhor Engenheiro é uma fraude!
Socialista é o Vesgo, apesar de ter adquirido entretanto outros valores! Em 1986 com 21 anos, aquando da candidatura de Mário Soares à Presidência da Republica, dirigiu-se à sede do P.S. da secção de Oeiras sem conhecer praticamente lá ninguém, e disse: “ Venho militar-me”.
Repare, não foi lá com o intuito de procurar emprego ou fazer carreira política ou à procura de favores à semelhança de V. Exa. Foi com convicções e ideias e sem intenções de receber nada, até porque nunca nada recebeu. Deu. Mas não espero sequer que entenda o que é isso.
O vosso discurso é muito fácil de perceber:
Pouquíssimo do que prometeu cumpriu, logo não é agora que vai abrir excepções. O facto é que 2009 é ano de eleições e há que assegurar o bem-estar e a sobrevivência de V. Exa. e dos vossos poucos mas bons amigalhaços por mais quatro anos. Abusando da ingenuidade e desespero característico de desempregados, endividados e esfomeados…
Mas os “Casimiros” (Sérgio Godinho) estão cá para ver. Mesmo Vesgos…

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Amén!!!

O labrego do Vesgo só pode concordar com tão nobre comparação, sobretudo vinda de alguém tão erudito como este sucessor de Pedro.
Jamais teria capacidade para pensar em tal até porque só uma pessoa com muitos, muitos estudos, é que se consegue proferir aquelas sagradas palavras.
Florestas! Adoro florestas, sobretudo florestadas!
Como heterossexual conservador e tacanho, defendo que a sua preservação é, pelo menos para mim, vital para crescermos e multiplicarmo-nos enquanto podemos! É como bater no ferro enquanto está quente!
Estes modernismos da malta nova defender a não discriminação dos homens e das mulheres em função do sexo e tendências sexuais é uma parolice e uma irresponsabilidade. Então e o impacto na desflorestação? Hã? Nunca pensaram nisso? Não percebem a relação?
É como pedir a uma criancinha sem bracinhos que coma sozinha bolinhos!
Não é por acaso que se diz que onde a mulher tem mais cabelos encaracolados é em África; É Por causa das florestas. Tropicais.
Aliás, cá para mim deve ter sido aqui que sua santidade se inspirou para esta comparação.
Eu cá não acredito nessas más-línguas que afirmam existir rabetas e pedófilos no seio da igreja católica.
Até porque se fosse assim, nada do que escrevi faria sentido, não é?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Marketing, puro Marketing...

Lamentavelmente, não me espanta o “suplício”.
O Casal McCann, desde o desaparecimento da pequena Maddie, montou e apresentou uma das mais genuínas e eficazes estratégias recomendadas por um bom manual Marketing, perante a opinião pública. Esta é só mais uma manobra e faz parte da mesma. O vídeo segue as regras mais elementares desta ciência: Fotografia, musica, montagem, etc.
Quem conhece princípios básicos de comunicação sabe bem do que falo… Ameacem processar-me também como fizeram a Gonçalo Amaral, por difamação, que eu defenderei o que escrevo tal e qual como este:
Com provas!
Em resumo:
Filmes bem-feitos sobre crianças desaparecidas é matéria cinematográfica;
Saber vender ideias (e outras coisas) é matéria do Marketing e da Comunicação;
Ser um reputado Investigador policial, demitir-se e ousar publicar um livro bem esclarecedor, cuja tese é baseada somente em provas, premeditando as óbvias consequências se não estivesse de boa fé, só pode de um profissional corajoso e de consciência tranquila tal como Gonçalo Amaral;
Liberdade de expressão, até ver, é acessível a qualquer cidadão num estado de direito;
Pais desesperados que suplicam pela filha sumida sem nada esconder, dispostos a enfrentarem tudo e todos até às últimas consequências inclusive arruinarem-se, actuam, consensualmente, onde a mesma desapareceu em circunstâncias muito misteriosas:
Neste caso, Praia da Luz, Algarve, Portugal.
Há! E quem não deve não teme…

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Os Votos do Presidente!



São, naturalmente, corteses os votos de “muita tranquilidade institucional para 2009” dirigidos pelo Senhor Presidente da Republica ao Presidente do Parlamento.
Contudo, estas atitudes catitas e passivas do “supervisor máximo” do funcionamento da nossa Democracia e das respectivas instituições Democráticas, começam a passar os limites da preocupação.
O PR, assume cada vez mais a postura de mocho, isto é, “falar, não fala; Agora presta muita atenção…”
Este novo episódio dos “votos”, faz-me lembrar aquela piadola do indivíduo que, permanentemente, voltado para o céu, pedia a Deus que lhe saísse o Euro Milhões. Decorrido bastante tempo ouviu uma voz grossa bradar lá de cima: “ Caramba, eu faço-te a vontade, mas ao menos joga!"
Ora, com a crise grave que o País e a Europa atravessam e que se desenha imprevisível para 2009, o Presidente não se pode ficar, mais uma vez, no “nim”. Tirando as suas obsessões com o estatuto da região autónoma dos Açores e a lei do divórcio, nada diz de substancial em relação ao conflito na educação, aos escândalos dos banqueiros e do Banco de Portugal, enfim, em relação a tudo aquilo que devia tomar uma posição clara e firme e não toma. Discurse no Parlamento! Fale, seriamente, aos Portugueses na Televisão. Agora, aquilo não é postura de Semi-presidente!
Nos dias de hoje, “só votos” são para se enviarem por postaizinhos, mail ou por SMSs…
Em 2009, o Presidente não vai poder-se escapar. Ou assume definitivamente a postura de Avestruz ou, por muito que lhe custe, vai ter de ser bastante interventivo. Tipo Ramalho Eanes ou ainda mais!
Senão, teremos de avançar ou com o Duque de Bragança ou com o Presidencialismo (tipo Francês).
Lamento concluir lembrando que, infelizmente, desempregados e tipos que não fazem nenhum em Portugal, já os temos demais…

sábado, 13 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Hoje não me apetece falar... Antes ouvir...

José Mário Branco

FMI - Parte I




FMI - Parte II




(Não deixo a letra: Ou se ouve à primeira ou não vale a pena... Vesgo)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Construção...



(Chico Buarque)

Amou daquela vez como se fosse a ultima
Beijou sua mulher como se fosse a ultima
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse maquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho magico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um naufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse musica
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio publico
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o ultimo
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes magicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse maquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse musica
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio naufrago
Morreu na contramão atrapalhando o publico

Amou daquela vez como se fosse maquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado

(Será que, hoje, tudo é assim tão diferente?... Vesgo)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Socialismo do Sócrates em 2009? Tomem!


"O voto é secreto".
Estou-me nas tintas porque essa é, no momento, das menores infracções praticadas no nosso estado dito de direito.
Agora, não votando no Sócrates nem nos Sócretinos e não contente, porque não me o pergutam no bolhetim de voto, tomo a liberdade de o acrescentar agora:
Estes tipos são:

UM ATENTADO À DEMOCRACIA;
BURLÕES DO POVO;
MENTIROSOS COMPULSIVOS;
LADRÕES DE QUEM TRABALHA;
ENCHEM-RABOS A BANQUEIROS;
CORRUPTOS;
ESTÃO A SE BORRIFAR PARA AS INSTITUIÇÕES JUDICIAIS (NOTEM-SE AS ESCUTAS TELEFÓNICAS);
GOVERNAM SÓ PARA ELES E PARA OS AMIGALHAÇOS;
(...).

APROVEITEM PARA PROCESSAR-ME E PRENDER-ME ENQUANTO NÃO FOREM VOCÊS, CANALHAS E COBARDOLAS, A IREM PARA O VOSSO DEVIDO LUGAR: A PRISÃO!!!
Vesgo

P.S. Se for preciso o meu verdadeiro nome e a prova dos descontos que já fiz ao longo de mais de 2 décadas para vocês encherem o cu, também se arranja...

sábado, 6 de dezembro de 2008

Açores: A Pérola de Rui César!

Este sim, é o Portugal que eu conheço e que não vem no mapa dos politicos!
Como o Sócrates, amigalhaço do Rui, teve positiva a Inglês técnico e lhe dedico esta musica, suprimo a letra...

TSUNAMI de Corrupção em Portugal


Se me permitem, estes problemas de corrupção são bem mais fáceis de entender se usarmos a seguinte metáfora:
Imaginem um lago lodoso, carregado de dejectos.
Se a orla desse lago descer, o que tem vindo a acontecer e vai se agravar ainda mais em 2009 no nosso país, a trampa começa a vir toda ao de cima daquelas águas nojentas.
Se algo me espanta é estar a aparecer pouca. Deduzo que esteja muito protegida lá no fundo. Mas que vai submergir, vai. Nem que seja agarradinha uma à outra…

domingo, 30 de novembro de 2008

Está quase a chegar ao fim, mas... AINDA É DOMINGO!

Nota: E Amanhã é Feriado!...

Do You Fell Like We Do (Alive)?

PART I




PART II



(Peter Frampton, 1976)

Well, woke up this morning with a wine glass in my hand.
Whose wine? What wine? Where the hell did I dine?
Must have been a dream I don't believe where I've been.
Come on, let's do it again.

Do you...you, feel like I do?
How'd ya feel?
Do you...you, feel like I do?

My friend got busted, just the other day.
They said, “Don’t walk, don't walk, don't walk away."
Drove him to a taxi, bent the boot, hit the bag.
Had to play some music, wonder why's he [brag or drag].

Do you...you, feel like I do?
How'd ya [turns from mic, can't catch it]?
Do you...you, feel like I...

[1st guitar solo]

Do you...you, feel like I do?
Yes ya do.
Do you...you, feel like I do?

Champagne for breakfast and a Sherman in my hand.
Peached up, Peached Ale, never fails.
Must have been a dream I don't believe where I've been.
Come on, let's do it again.

Do you...you, feel like I do?
How'd ya feel?
Do you...you, feel like I...

[keyboard solo]

"Bob Mayo, on the keyboards. Bob Mayo"

Do you feel like we do?
Do you feel like we do?
Oh, that's true.
Do you feel like we do?
Get back.
Do you feel…Do you feel like we do?

[2nd guitar solo]


[Start Part II]

[ The end of 2nd guitar solo]


[Start voice box]


Oh baby do you feel?
Oh baby do you feel, feel like we do?
Do you feel...do you feel...like we do?
I want to thank you.
Do you feel like we do?
That's alright, that's alright to feel you'd like,
feel you'd like, a good time.
We'll go to bed and good night.
Good time, good time, good time, good time, good time...

CURIOSIDADE: Uma das particularidades deste Tema, foi ter-se usado em publico, pela primeira vez, a Talk Box ou Voice Box. Tratava-se de um dispositivo meio eléctrico e meio mecânico, através do qual o Peter "soprava" num tubo ligado à "Box", e esta misturava o som desse sobro (repleto de palavras e variações acusticas), com o solo da viola que ele executava em simultâneo!
A Talk Box era a grande novidade "eléctrica" e sonora dos anos 1975/1976 em execução musical!
Hoje em dia, quase todos os briquedos-Órgãos de Putos de 6 anos, fazem o mesmo...

Duvida Legitima

Exmos. Senhores do Banco onde o Vesgo coloca a Paca,

À luz dos actuais desenvolvimentos no sector bancário, se um dos cheques da Taverna do Vesgo for devolvido com a indicação "fundos insuficientes", esta refere-se à Taverna ou aos senhores?

Atenciosamente,

Vesgo
(Adaptado de Mail)

sábado, 29 de novembro de 2008

Professores para Quê?...


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PARA A DGCI, EM CRISE, TUDO TEM UM PREÇO...


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Trabalho em Equipa... Viva o Zé!


Quem é que Fica com o Troco???


Portugal segundo a RE/MAX!

"Portugal (de nome oficial República Portuguesa) fica situado no sudoeste da Europa, na zona Ocidental da Península Ibérica e é o país mais ocidental da Europa, delimitado a Norte e a Leste pelo reino de Espanha e a Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico. O território de Portugal compreende ainda as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, situados no hemisfério norte do Oceano Atlântico.
Durante os séculos XV e XVI, Portugal foi uma significativa potência económica, social e cultural, com um vasto império colonial. É hoje um país desenvolvido, economicamente próspero, social e politicamente estável e humanamente desenvolvido. Membro da União Europeia desde 1986, é um dos países fundadores da Zona Euro, NATO (ou OTAN) e da OCDE".

http://www.remax.pt/Maps/lisboa.aspx?PathVar=2&province=76&searchType=P

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O Filho do recluso...

Tenho um coração de pedra e por isso poucas coisas têm feito chorar tanto o Vesgo quanto esta enternecedora musica.
Pelas criancinhas, é claro.
Sim, porque pelos Pais, os verdadeiros criminosos, homens de fatos réu-péu-péu-pardais-ao-ninho e senhoras de vestes Vitorianas aos quais esta erudita balada ainda não se aplica, choraria também, mas por emoções bem diferentes…



Nota: Pelo seu profundo alcance literário, optei por, desta vez, suprimir a letra.

Um Banqueiro Ladrão? Não...

É impressão minha ou anda tudo surpreso e espantado por se ter descoberto um Banqueiro ladrão?
É que, honestamente, porque não padeço de curta memória, não vislumbro nada de anormal.
Vamos por partes:
Existe por aí uma piadola antiga que refere que “Homens fiéis são aqueles que escondem melhor”. Eu não diria tanto, porque são capazes de se aproveitarem uns 15%. Isto nos actos porque mentalmente, já apregoava J. Cristo, todos são adúlteros.
Ora, por extrapolação, passa-se o mesmo com os banqueiros honestos!
Promiscuidade entre o poder político e as instituições financeiras, tanto quanto me lembro, sempre a houve.
Por exemplo, não se esqueceram certamente da ex-governante advogada Celeste Cardona que foi para o conselho de Administração da CGD, porque era de todo oportuno ter alguém de Direito nesta Administração; Do Socialista Vítor Constâncio que depois de perder a liderança do P.S. para Jorge Sampaio, assentou-se com garras de Leão na cadeira do Governador do Banco de Portugal, até hoje. Sobre este, confesso que ainda não entendi bem quais são as suas funções. Lembro-me contudo que, aquando da queda do governo de Santana Lopes e porque não se sabia bem a verdadeira dimensão do défice Português de então (herdado da Manuela Ferreira Leite), a sua equipa demorou cerca de dois meses a apresentar um relatório… Pergunto, não era suposto, pelo menos quinzenalmente, tão importante documento ir sendo actualizado? Bom, e dezenas de mais exemplos podiam ser citados.
Continuemos. Os banqueiros, por (minha) definição, são um bando de ladrões!
Senão, vejamos: Não falamos daqueles que criaram o cartão Multibanco para simplificar a vida aos cidadãos e em consequência disso mandaram para o olho da rua uma série de recursos humanos, conseguiram criar o hábito e a necessidade do uso do mencionado cartão e agora cobram taxas de utilização? Não nos estamos a referir aqueles que cobram taxas de manutenção de contas, taxas de transferência, taxas de levantamentos, etc, de tal forma que o utilizador fica a ver navios?
Já depositaram um cheque de um amigo vosso? Processa-se assim: Se falarem com ele, em menos de 24 horas o dinheiro desaparece-lhe da conta. Por magia do além, a quantia referente só aparece creditada na vossa conta 5 dias úteis depois! Por onde é que andou o dinheiro a circular e logo em dias úteis? A capitalizar, para os ladrões!
Como tal, ou este assunto fica por aqui à boa maneira da nossa justiça, ou vai tudo atrás!
TUDO!
Balsemões, Dias Loureiro, outros e inclusive o vampiro do Constâncio.
Nunca se esqueçam que, por omissão, lidamos com canalhas...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Gafe, Ironia ou Verdade?

O Vesgo já deixou bem claro aqui na Taverna que entende não vivermos numa Democracia. Antes “Amigalhaçocracia”, isto é, o poder exercido pelos governantes para os Amigalhaços, escondidos, por precaução, atrás dessa excelente utopia que é a efectiva Democracia.
Desde o 26 de Abril de 1974, não há dúvida, passamos, de certa forma, a viver num tipo de estado diferente do anterior.
Pergunto: E a Revolução cultural? E a mudança de mentalidades? Sim, porque adquirir liberdade de um dia para o outro é fácil bem como escrever-se uma nova Constituição em cima do joelho.
Népia!
Toda a governação em Portugal, quer seja a do poder central, autárquica ou regional continua, cada vez mais, a assentar em princípios claramente fascizantes! Com a capa da Democracia a encobri-los, é claro!
A título de exemplo, conhecemos a história da Alemanha Nazi e dos seus milhões de seguidores. Questiono: Estes, os seus filhos e netos morreram todos? É obvio que não. A ideologia está lá só que somente lactente.
De igual forma, os milhares de fervorosos defensores do Estado Novo, bem como os seus filhos e netos também não morreram! Antes pelo contrário, estão cada vez mais novos e vivinhos do que nunca! E os nossos ilustres governantes, se não são todos fascistas, também não assumiram uma mentalidade verdadeiramente Democrática. Os Salazaristas, esses, continuam por aí altivos, filiados em partidos cujo espectro vai deste a extrema-esquerda à extrema-direita, em instituições financeiras, nas faculdades e, como referi, também nos governos. Encapotados, é verdade.
Ora, se concordarem com o que afirmei, entendemos transparentemente a origem de tanta aberração social: Porque é que a simetria entre ricos e pobres é cada vez maior, porque é que quem governa só finge ouvir a população e grupos sociais de 4 em 4 anos, porquê os vários pesos e várias medidas na justiça, porque é que os indicadores económicos de muitos países do terceiro mundo e de TODA a Europa são de nos fazer inveja…
Se o Vesgo é hipócrita então muitos lhe ficam à frente…
Por favor, tenhamos presente que nunca se venderam tantos automóveis e casas de elevado luxo como agora! Há crise – e gravíssima, mas apenas para o Povão! O Sócrates é Socialista? O Alberto João é Democrata? Nem na Playstation…
Estas notas prévias servem-me para afirmar que defendo convictamente que não houve gafe ou ironia na afirmação da Manuela Ferreira Leite: Antes fugiu-lhe a boca para a verdade.
E se algum lapso ocorreu, foi nos “seis meses”, pois palpita-me que queria antes dizer 6, 16 ou 60 anos.
Portanto, parabéns pela honestidade, mesmo que temporária, à Senhora!
Pena é que a corja dos restantes governantes, cobardolas, não tivesse a coragem de afirmar o mesmo...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pediculose Pudiana?

Desta vez, acreditem, a minha prolongada ausência por aqui, não se deve a “balda”, caros leitores.
É que a agitação na Taverna do Vesgo tem sido tanta mas tanta que, para além do Vesgo usufruir de umas horitas para dormir e de algum tempo para outras necessidades fisiológicas fundamentais, não tem tido tempo para rigorosamente mais nada.
O que é uma pena! Têm-se passado tantas coisas na Taverna….
Em primeiríssimo lugar, a perturbante agitação que exteriorizam os tipos do edifício da frente.
Esta é e tal forma que as putas e os chulos, quando me aparecem assim, confidenciam-me que são “chatos”; Ora, sinceramente, pergunto-me se naquela casa designada por Parlamento, não haverá, de momento, alguma epidemia de Pediculose Pubiana que justifique tanta azáfama. Sabemos, até porque já o afirmei, que não seria nada de estranhar. Sim, porque por detrás daqueles fatos réu-péu-péu-pardais-ao-ninho e daquelas vestes femininas Vitorianas, esconde-se sabe-se-lá-o-quê… Contudo, é claro que ficar-me-ia mal perguntar-lhes o porquê, não é?
Não obstante, discutem a Democracia, a casa Pia, a ironia da Manuela Ferreira Leite, a Dona Lurdes, o BPN…
É melhor dividir isto por tópicos para não dar-vos “seca”, OK?
Até já (não confundir com os abutres da TMN que é da PT, bem como o Sapo e a Netcabo…)!


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mulheres de Atenas



(Chico Buarque)

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

Quando amadas se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas, cadenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Guardam-se pros seus maridos
Poder e força de Atenas

Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos
Bravos guerreiros de Atenas

Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos
Os novos filhos de Atenas

Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito, nem qualidade
Têm medo apenas
Não tem sonhos, só tem presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas, morenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas

As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas, não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
As suas novenas
Serenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

(Num tempo em que aumenta a violência fisica e psicológica contra as mulheres Portuguesas, o Vesgo presta a todas elas esta singela homenagem, independentemente da sua idade, raça, religião, etc. Para ele são todas belas! Todos os 365 dias do ano...)

Ora, nem a Propósito...

Este Post é só uma oportuna adenda ao anterior, porque é a prova de uma afirmação minha:
Entendem, só e apenas, porque é que a Dona Lurdes cedeu à pressão dos alunos?
Ovos, meus caros(as), ovos!!!
Só assim é que eles percebem, porque a desordem publica é uma das partes integrantes da sua linguagem...


(Imagem retirada do "Porque me Dizem")

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Meramente a Propósito de um Mail que a Taverna do Vesgo recebeu a solicitar “Recusa de Publicidade não Desejada”


Professores Vs Tutela

O Vesgo, após tanta balda quanta permanente observação sobre o que se diz e escreve na Blogosfera critica Portuguesa, começa a perceber, porque não é estúpido – só um pouco lento – que, “nesta coisa”, não obstante reconhecer que a mesma é muitíssimo mais credível do que tudo o que se escreve ou se diz na comunicação social, também há polvo e amigalhaços.
Ora bem, o Vesgo, como os ínfimos leitores da Taverna do Vesgo já se aperceberam, não pretende escrever dentro do sistema contra o sistema, mas fora do sistema a favor de um ideal sistema, porque, honestamente, é o que defende convictamente. Além disso, não deve favores a ninguém, particularmente ao Sócrates e amigalhaços. Igualmente, não deve um chavo ao Fisco ou à Segurança Social. Fez-se entender?...
Quer me parecer que estes factos mencionados, só por si, justificam as fracas visitas ao Blogue. Ou então, são tão eruditos os potenciais leitores que, por exemplo, se recusam a ler a Mafalda… Se for o caso, fica-lhes muito bem essa arrogância que é, de resto, muito semelhante à do Exmo. Senhor Presidente da Republica ou à do Exmo. Presidente da Região autónoma da Madeira.
Existe, a propósito, uma frase batida que é um chavão do Blogue “The Braganza Mothers” e que consiste na afirmação “Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas”.
Completo acordo ou o mesmo, sem ironia, não fosse excelente.
E por isso, com base nesse direito que deveria ser universal, apetece-me escrever sobre o desacordo dos Professores do Ensino Secundário versus a política seguida pela respectiva tutela. Leia quem ler, doa a quem doer.
O Vesgo, o que é muito raro num Taverneiro, concluiu o ensino secundário com o 12º inclusive, há perto de 20 anos. Como tal, tem seguido desde a pós-revolução até aos dias de hoje, o ensino secundário em Portugal: Como aluno, como educador (tenho um Tíbias que está no 12º ano e uma Baixinha no 8º ano!), como amigo de alguns Docentes, mas, sobretudo, como observador e crítico social.
Portanto, muitos rios de tinta, só por isso, justificava gastar.
Mas não. Cinjo-me apenas aquilo a que me propus.
Como já o disse e escrevi várias vezes, estou solidário com a luta expressa na rua de, pelo menos, 130 000 Professores. Sim, porque, sei-o, o número de Docentes descontentes é muito maior. Sobre este assunto, quero focar dois pontos:
Primeiro: No Portugal actual, não é assim que as manifestações surtem efeito. Quero dizer, não é uma espécie de festa na rua com bombos, alegria, etc. que sensibiliza os nossos ilustres políticos. Reparem que essa gente é do pior que existe: São mentirosos compulsivos, inflexíveis, ladrões, Arruaceiros (O Sócrates é tanto Engenheiro quanto eu sou Obstetra; O Durão Barroso assaltou a faculdade de Direito já a seguir ao 25 de Abril) e só utilizando a linguagem deles é que eles entendem. E esta baseia-se basicamente na chantagem.
Se tivessem bloqueado o tráfego automobilístico num dia de semana como fizeram os camionistas, se arrancassem as pedras da calçada como no Maio de 1968, se em vez de alegria manifestassem revolta e indignação (O próprio Mário Soares, então Presidente da Republica aquando o bloqueio da ponte 25 de Abril, afirmou que os “Portugueses tinham direito à Indignação”!), se entrassem em confronto directo com as autoridades, se levassem com jactos de água como na célebre manifestação de policias contra policias, estou certo que os resultados pretendidos, depois de o poder muito fungar, seriam rápidos a alcançar. Ou então, desfilavam em silêncio…
Saliento que nos exemplos acima mencionados, os revoltosos conseguiram o pretendido. A mal, mas conseguiram-no.
Chamo a vossa atenção para o facto de um governo que é eleito com base na melhor campanha eleitoral, entenda-se, com base em quem escreve mais nas paredes, cola os cartazes mais catitas e vistosos e em maior quantidade em tudo o que é parede, distribui papelada com as melhores cores, fala eloquentemente sobre aquilo que desconhece, veste-se mais “pipi”, faz promessas que sabe à partida que não as vai cumprir e diz a mentir aquilo que as pessoas querem ouvir, consegue numa manifestação fazer crer aos manifestantes que a Nossa Senhora de Fátima está ali, nunca compreenderá mensagens que não passem pela desordem publica. Não lhe está no sangue! Até porque uma manifestação pacífica fica apenas nos jornais Portugueses e por pouco tempo; As de que falo correm mundo…
Como tal e em primeira conclusão, entendo que os manifestantes assumiram uma postura inapropriada na manifestação. E o tempo assim confirmará…
Segundo: Avaliação do desempenho dos Professores.
Não tenho duvidas que a função dos Docentes é ensinar, devendo canalizar-se o máximo de tempo da sua actividade laboral para o efeito; Não tenho duvidas que o modelo de avaliação proposto pela Ministra é uma aberração, de tal forma que nem tenho palavras para o descrever (Já agora, um há parte muito particular: Lamento imenso que a personagem em causa tenha passado pelo ISCTE onde o Vesgo, atipicamente, também já passou. Em abono do Instituto, deixem-me dizer-lhe que quer ela quer o Santos Silva já tinham fama de medíocres. Então este ultimo tem inúmeros livros de Sociologia publicados sem um único pensamento seu…).
Agora, contrariamente aquilo que ouvi dizer de uma manifestante, não defendo que os Professores sejam artistas, antes Cientistas Profissionais.
E como Profissionais, tal como em todas as profissões, existem bons e maus Profissionais. Nesta perspectiva, parece-me correctíssimo que se queira separar o trigo do joio, como de resto se faz com todos os demais Profissionais. Não me parece justo que um Docente que entre na Escola “de Costas” (já pronto para sair) usufruía do mesmo mérito e regalias (que são poucas) do que aqueles que se dedicam, efectivamente, ao ensino. Não me parece que um Professor que entre sistematicamente na aula e ordena aos alunos “leiam o livro da Pag. Tal à Tal”, tenha o mesmo mérito dos demais.
Portanto sim à avaliação de Professores, não a este modelo!
Já agora um ultimo ponto: Os professores têm uma profissão tão digna e respeitável quanto outra qualquer. Penso que é muito saudável acharmos a nossa Profissão “a melhor do mundo”.
Contudo, posturas que alguns assumem colocando-se ligeiramente abaixo de Deus (tal como alguns Médicos), com Slogans do tipo “…eu toco o futuro…”, Blá, Blá, Blá, não só lhe fica mal como descredibiliza de alguma forma a Classe…

P.S.) O Vesgo é Taverneiro, não é Professor.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Resultado do Inquérito: A Democracia Portuguesa Funciona?

Foi um sucesso o primeiro inquérito realizado na Taverna do Vesgo cuja questão levantada foi “A Democracia Portuguesa Funciona?”!!!
Na análise dos resultados, aplica-se a mais pura ciência estatística socialmente aceite na Democracia Portuguesa, aludindo a alguns exemplos que se aplicam na mesma.
Tendo em conta que até ao momento do fecho da votação, visitaram o Blogue 320 leitores (é irrelevante se são sempre os mesmos ou não), votaram 5 leitores com 5 votos válidos. A abstenção representou 98% dos leitores.
1ª Conclusão: Não foram iletrados os que se pronunciaram, o que é uma mais valia em relação a muitas outras estatísticas, nomeadamente as do INE;
Chamo a atenção dos leitores para o facto de a interpretação que faço dos resultados ser análoga à de que se faz em qualquer eleição Democrática Portuguesa. Isto é, se por exemplo numas eleições legislativas houvesse 98% de abstenção, os outros 2% – nem que por absurdo fossem só a dos eleitos, estes tinham legitimidade constitucional (não politica, mas isso não interessa) para governar. Aliás, se seguirmos o actual rumo político-social, é isso mesmo que se vai passar num futuro próximo: Votam os candidatos e os que se deixam seduzir pela arte da oratória, histeria colectiva, bandeirinhas, micro-ondas, etc!..
Por isso mesmo, reafirmo, esta sondagem vale tanto ou mais quanto todas as outras “na moda”, nem que seja zero...
É de salientar, igualmente, que a equipa técnica ( Vesgo + Estrábico + Vesgo), usou aquele subtil pormenor que é tentar influenciar os votantes ou os inquiridos…
Assim, face à questão levantada “A Democracia Portuguesa Funciona?”, por extrapolação legitima dos resultados obtidos, têm-se que:

Abstenção (irrelevante) – 98%.
Sim – 0%;
Não – 20%;
Talvez – 20%;

Só com uma Revolução - 40%;
Não sabe/Não responde – 20%.


2ª Conclusão (e última): Os Portugueses estão divididos. Não sabem exactamente, de momento, que tipo de sociedade querem para o futuro. Contudo, reconhecem claramente que a actual não é, de certeza. E, “enquanto o pau vai e vem, folgam as costas”…

P.S.) Se uma tal de Teresa Guilherme, naquele magnifico programa televisivo "Big Brother", afirmava "os Portugueses votaram em...", o Vesgo sente-se com muitissima mais legitimidade do que esta em extrapolar os resultados obtidos para todos os seus concidadãos.

sábado, 8 de novembro de 2008

O Coro das Velhas



(Sérgio Godinho ao Vivo no CCB)
Ia eu pelo concelho de Caminha
quando vi sentada ao sol uma velhinha
curioso, uma conversa entabulei
como se diz nuns romances que eu cá sei

Chamo-me Adozinha, disse, e tenho já
os meus 84 anos, feitos há
mês e meio, se a memória não me falha
mas ainda vou durar uns anos, Deus me valha

Com esta da austeridade, meu senhor
nem sequer dá para ir desta para melhor
os funerais estão por um preço do outro mundo
dá para desistir de ser um moribundo

Rabugenta, eu? Não senhor
eu hei-de ir desta para melhor
mas falo pelos que cá deixo
não é por mim que eu me queixo

Ó Felisbela, ó Felismina
ó Adelaide, ó Amélinha
ó Maria Berta, ó Zulmirinha
vamos cantar o coro das velhas?

Cá se vai andando
com a cabeça entre as orelhas

Não sei ler nem escrever, mas não me ralo
alguns há que até caneta lhes faz calo
é só assinar despachos e decretos
para nos dar a ler a nós, analfabetos

E saúde, eu tenho para dar e vender
não preciso de um ministro para ter
tudo o que ele anda a ver se me pode dar
pode ir ele para o hospital em meu lugar

E quanto a apertar cinto, sinto muito
filosofem os que sabem lá do assunto
mas com esta cinturinha tão delgada
ainda posso ser de muitos namorada

Rabugenta, eu? Não senhor
eu hei-de ir desta para melhor
mas falo pelos que cá deixo
não é por mim que eu me queixo

Ó Felisbela, ó Felismina
ó Adelaide, ó Amélinha
ó Maria Berta, ó Zulmirinha
vamos cantar o coro das velhas?

Cá se vai andando
com a cabeça entre as orelhas

E se a morte mafarrica, mesmo assim
me apartar das outras velhas, logo a mim
digo ao diabo, não te temo, ó camafeu
eu conheci piores infernos do que o teu

Rabugenta, eu? Não senhor
eu hei-de ir desta para melhor
mas falo pelos que cá deixo
não é por mim que eu me queixo

Ó Felisbela, ó Felismina
ó Adelaide, ó Amélinha
ó Maria Berta, ó Zulmirinha
vamos cantar o coro das velhas?

Cá se vai andando
com a cabeça entre as orelhas

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ultima Hora: Mensagem do Preto Branco Americano

Ligou-me agora aqui para a Taverna do Vesgo o "Miguel Jáquesone Americano", a chorar baba e ranho e a pedir-me, encarecidamente, para divulgar a seguinte mensagem:
" É com muito arrependimento e mágoa no coração que venho até vós, meus queridos irmãos NEGROS Portugueses, confidenciar-vos que se eu adivinhasse que a América algum dia pudesse vir a ser governada por um NEGRO, nunca em tempo algum me teria tornado BRANCO!!!... Mickael Jackson"
(Recebido por SMS; Nota: Que fique claro que se trata de uma sátira ao racismo)

Parabéns Barack Obama!

Para quem me conhece e pelo que já escrevi, parabéns não por teres sido eleito, naturalmente.
Muito menos por teres conseguido dizer, em campanha, aquilo que os Americanos e, vá lá, os cidadãos do mundo quiseram ouvir. Não por seres “Democrata”, senador, negro, novo, idealista ou esbelto como dizem. Nada disso.
É verdade que reconheço que, à priori, não te há-de ser difícil fazer melhor até porque governar "o mundo" pior deve ser impossível.
Então, parabéns somente porque conseguiste, neste curtísssimo espaço de tempo efémero, devolver ao povo Americano e ao resto do mundo algo que se chama esperança e cuja chama se encontrava bastante esmorecida.
Que o teu Deus te ajude, se precisares dele.
Contudo, neste cantinho da Europa ocidental que não vem no vosso mapa, tivemos e permanece-nos na memória um ilustre Poeta e Pensador que escrevia assim:

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.


Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades…”

Oxalá que sejas o tal mas, sinceramente e infelizmente, porque os Primatas ganham calo no cu, não me parece…
Como por agora, é cedo para acrescentar o que quer que seja,
Parabéns Barack Obama!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Salário Mínimo!

Ajudem-me:
Como ando com o cérebro cheio de fumo proveniente aqui dos tachos dos petiscos, pareceu-me ter ouvido falar que “A Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas ameaça pedir aos associados para não renovarem 43.720 contratos a termo certo, num protesto contra a intenção do Governo de subir o salário mínimo”.
A ser verdade, na minha máquina de calcular comprada aos Chinocas aqui do lado por uns excessivos 3 euros, dá-me que “450 euros – 426 euros é igual a vinte e quatro euros”
Repito, VINTE E QUATRO EUROS!
Vejam lá se eu estou errado: Se os associados em causa forem rabetas, gostarem de irem às meninas, fumarem, jogarem – nem que seja só no “Euro Milhões”, beberem uns copos, fizerem jantaradas, etc, estamos a falar numa quantia que até os Técnicos de Espaço Automóvel, vulgo arrumadores, se recusariam a auferir diariamente, certo?
Então, aqui vai uma modesta, singela e educada mensagem para a dita Associação:
Ò FILHOS DE UMA GRANDE MERETRIZ (FORA AS MAÊZINHAS QUE NÃO TÊM CULPA DE TER GESTIONADO ABORTOS), CABRÕES DO PÉNIS, VOCÊS CUMPREM A AMEAÇA E EU, MESMO VESGO, FECUNDO-VOS OS PESCOÇOS UM A UM!!! AINDA NÃO ESTAMOS NA BOSTA DA CHINA, ESTAMOS EM PORTUGAL! OS CHINESES NÃO SEI, MAS UNS QUANTOS PORTUGUESES AINDA TÊM TESTÍCULOS!...

Jeremias, o Fora da Lei


O Vesgo entende que as imagens do Video não têm rigorosamente nada a ver com a mensagem do autor. Contudo, no YouTube, não encontrei melhor. Recomendo portanto que, simplesmente, as esqueçam!

(Jorge Palma)
Vou falar-vos dum curioso personagem: Jeremias, o fora-da-lei
Descendente por linhas travessas do famigerado Zé do Telhado
Jeremias dedicou-se desde tenra idade ao fabrico da bomba caseira
Cuja eloquência sempre o deixou maravilhado

Para Jeremias nada se assemelha à magia da dinamite
A não ser talvez o rugir apaixonado das mais profundas entranhas da terra
Só quando as fachadas dos edifícios públicos explodirem numa gargalhada
Será realmente pública a lei que as leis encerram

Há quem veja em Jeremias apenas mais uma vítima da sociedade
Muito embora ele tenha a esse respeito uma opinião bem particular
É que enquanto o criminoso tem uma certa tendência natural para ser vitimado
Jeremias nunca encontrou razões para se culpar

Porque nunca foi a ambição nem a vingança que o levou a desprezar a lei
E jamais lhe passou pela cabeça tentar alterar a constituição
Como um poeta ele desarranja o pesadelo para lá dos limites legais
Foragido por amor ao que é belo e por vocação

Jeremias gosta do guarda roupa negro e dos mitos do fora-da-lei
Gosta do calor da aguardente e de se seguir remando contra a maré
Gosta da forma como os homens respeitáveis se engasgam quando falam dele
E da forma como as mulheres murmuram: "o fora-da-lei"

Gosta de tesouros e mapas sobretudo daqueles que o tempo mais mal tratou
Gosta de brincar com o destino e nem o próprio inferno o apavora
Não estando disposto a esperar que a humanidade venha
Alguma vez a ser melhor
Jeremias escolheu o seu lugar do lado de fora

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Orçamento para 2009: Défice

Bem sei….
O Vesgo, aparentemente anda na balda.
E está pensado está dito!
O Vesgo anda mesmo na balda…
Mas deixem-me pensar no que perdi:
As eleições dos EUA onde, felizmente – nem que por absurdo fosse eu, vai tomar posse na casa branca, um qualquer tipo que não é nem Cowboy, nem atrasado mental, nem fala com Deus, nem afirma “Wanted, Dead or Alive…”;
Os Professores do ensino secundário que, de barafusta em barafusta acabarão, por falta de coesão e de determinação, a beberem do veneno da Sinistra;
A crise financeira no BPN (por favor, podiam-me poupar esta!);
A velha sinistralidade nas estradas Portuguesa;
Alguma criancinha, que, segundo a TVI, enquanto expelia o renhito do nariz foi atropelada por um bulldozer no Cu de Judas;
Outros.
Se calhar…
Mas a mim o que me preocupa mesmo é a Taverna do Vesgo!
E a Taverna do Vesgo está preocupadíssima com o Orçamento de Estado para 2009, rapazes e raparigas! Preocupadíssima!!!
O Vesgo – que tem tanta legitimidade para votar como os demais cidadãos Portugueses, não para de chorar (confesso) pela nobreza deste orçamento! Nem sei, sinceramente, se as dicas que lhes dei (aos governantes - relembro que os tipos param todos aqui) foram determinantes em tão nobre proposição para os haveres e gastos do Estado para 2009!
Juraram-me a pés juntos que o orçamento nada teve a ver com o 2009 ser ano de eleições. E, não obstante a palavra dos chulos e das putas que pairam por cá valer mais, faço fé nas palavras deles!
Só me faz alguma confusão esta coisa do défice…
O défice, para quem não sabe (o Vesgo sabe! Tomem!!!) é algo tão simples de explicar que qualquer merceeiro e, sobretudo, nós, nas nossas casas, o sabemos na pele:
Se recebermos, por exemplo, no final de cada mês “x” euros e gastarmos “y” euros, é do mais elementar bom senso que “y” nunca pode ser superior a “x”. BRILHANTE, meus caros Watsons!
Isto é, para nós, caso contrário cai-nos o Carmo e a Trindade em cima. Porque o nosso Estado, desde Abril de 1974 até agora (esqueçamos o estado novo por agora), tem-se literalmente cagado para o défice. Porquê? Porque “areia no cu dos outros é refresco para mim”, isto é, gerindo dinheiro provindo sabe-se-lá-de-onde, “é tudo nosso!” Tem sido tudo à fartança (gosto mais de “fartazana” mas o Português ainda não me o permite!).
Recentemente – sim porque o Vesgo não tem fraca memória, a Manuela Ferreira Leite e o José Sócrates, muito contrariados, depois de levarem um valente puxão de orelhas de Bruxelas, daqueles que ainda se deviam aplicar aos nossos putos por cá, não tiveram outro remédio – que grande merda – senão equilibrar as contas públicas do Estado. Isto, esganando com mais impostos os Portugueses de tal forma que muitos sufocaram. É óbvio que não o conseguiram, porque Expos, Estádios de Futebol, Auto-estradas, Casas da música, Centros culturais (de Belém), etc. não são compatíveis com uma economia do quarto mundo, que é aquela que vem a seguir à de praticamente todos os países do terceiro mundo (consultem o ultimo relatório da OCDE).
Bom, “só me faz confusão esta coisa do défice”, escrevi eu. Sim, porque afinal não deve ser assim tão importante! Então a gloriosa bandeira do Sr. Engenheiro tem sido a correcção desta coisa, contra ventos, marés e tempestades e agora – logo em ano de eleições, deixa de ser prioridade?
Porque será? Ai, ai, das eleições não é porque eles já me prometeram – e as promessas deles, que são gente refinada, não se colocam em causa.
Garantiu-me ao ouvido o Engenheiro: “Vesgo, não tem nada o cu a ver com as calças”.
Portanto, está dito, está dito!
Porcas mentes que não percebem que o Engenheiro é um mãos-largas e que, quando quer, sabe dar uns bombons à malta!...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Gota de Água



(Chico Buarque, 1975)

Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...

Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água...

Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...

Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água....

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Esquerda "versus" Direita



Porque o prometido é devido, desenvolvo o “P.S.” deixado no blogue “Casa da Democracia: Qual?”
Faz sentido a velha divisão política entre esquerda e direita?
Defendo que não. Mas com despeito de toda a evolução conhecida pela humanidade em termos de políticas económicas e práticas “democráticas”, desde que estes dois conceitos – e a realidade que eles exprimem – foram criados no contexto da Revolução francesa, o facto inquestionável é que essa divisão ainda persiste (com consequências negativas, entendo).
De certa forma, ela ainda se aprofunda em alguns países. Não em todos, certamente, mas em vários de tradição social e sindical, os conceitos e os alinhamentos políticos dela derivados ainda encontram forte presença nos diversos cenários políticos, em especial na nossa Europa e na América Latina. Nos Estados Unidos e em certos países asiáticos, as realidades políticas parecem bem mais matizadas, tornando virtualmente impossível a classificação dos grupos segunda a divisão clássica esquerda “versus” direita. Em relação aos EUA, observadores estrangeiros acreditam que os democratas estariam mais à esquerda – em função, provavelmente de sua maior vinculação com os meios sindicais e com as políticas ditas de acção afirmativa – e os republicanos – identificados com o “grande capital” – seriam os representantes da “direita”, mas isso não faz o menor sentido para quem conhece a realidade social e política daquele país. Na Ásia e no continente Africano é aquilo que sabemos…
Resta a Europa e a América Latina onde grupos partidários, escolas de pensamento económico e actores sociais continuam a situar-se num espectro político que vai da extrema-esquerda à extrema-direita, mais na Europa do que na América Latina. Nesta ultima poucos querem ser, parece-me, de extrema-direita (veja-se a Teologia da Libertação). Aqui na velha Europa, os liberais pró mercado, com alguma contradição, reconhecem a importância do Estado sobretudo no que diz respeito às “desigualdades sociais”. Aqui parece estar, precisamente, a raiz da divisão histórica, ou clássica, que parece justificar a existência desses dois agrupamentos genéricos (dentro dos quais se encontram diversas “seitas”): A esquerda reivindica para si mesma, uma identificação com a resolução de determinados problemas sociais via fortíssima actuação do Estado e políticas indutoras de transformação; Ao contrário, os “liberais” ou direitistas, confiariam mais nas forças de mercado para que essa correcção se faça.
Na prática, A ESQUERDA SÓ É SOCIALISTA DA BOCA PARA FORA, como rótulo cómodo, ou ainda para retomar uma velha tradição de lutas sociais que supostamente está identificada com o combate às mazelas da época “gloriosa” do capitalismo, quando a burguesia triunfante tratava o proletariado como modernos escravos das galés, e ostentava a sua riqueza fumando charutos sobre um saco de dinheiro (esta é, pelo menos, a imagem clássica do capitalista sem alma).
O que a esquerda consegue ser de facto, é estatizante, por acreditar que o Estado é um instrumento útil e mesmo necessário para a correcção dessas mazelas sociais criadas pelo capitalismo, a começar pela desigualdade distributiva e pela existência de “desequilíbrios de mercado”, que importa corrigir pela “mão lúcida” do estado. Trata-se aqui do principal divisor de águas entre a esquerda e a direita, uma vez que esta última é mais propensa a acreditar nas soluções de mercado, como o meio mais justo, e inerentemente mais racional e eficiente, para redistribuir ganhos derivados do esforço individual.
Sim, aqui aparece outra característica distintiva: a esquerda é colectivista ou “social”, enquanto a direita prefere as liberdades individuais e a liberdade de iniciativa, com retenção de ganhos para o detentor dos “meios de produção”, ao passo que a esquerda privilegia a redistribuição da “riqueza social”.
Estes são, creio, os elementos centrais da tradicional divisão entre esquerda e direita. Como vivemos em regimes de escassez e de fortes desigualdades distributivas, que a esquerda atribui às estruturas inerentemente injustas da sociedade capitalista, e que a direita apenas credita a mecanismos de mercado, essa divisão promete continuar no futuro previsível, sem que alguma conciliação seja possível entre linhas tão díspares de concepção do mundo e da sociedade.
Agora, tudo o que escrevi é meramente conceptual. “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Neste início do século XXI, os cidadãos afastam-se cada vez mais deste espectro, entre outras razões, porque não se identificam com ele.
Primeiro, a politica seguida pelos governantes não é carne nem é peixe. Por favor, não me venham dizer que o Sócrates e a sua corja são Socialistas!... Ou que é normal um estado injectar capital na economia privada para evitar (o agravamento) crises económicas!... Ou que é normal, tendo em conta o que escrevi, o sistema Chinês!...
Depois, quem pensa e não se identifica com estas governações e respectivas politicas, partilha, muito frequentemente, de valores que vão desde a extrema-esquerda à extrema-direita. E isto sim, é um facto que vai de encontro aquilo que penso, isto é, os conceitos esquerda e direita estão obsoletos, a não ser para quem governa. Está-se a criar um fosso abismal cada vez mais acentuado entre governantes e população.
Comecemos seriamente a pensar noutros, tipo…Norte e Sul ou …Cima e Baixo!

Bibliografia:
Roberto de Almeida, Paulo, “Revista Espaço Académico – N.º 59”, S. Paulo, Abril de 2006

Aljubarrota



(Quinta do Bill)
Instrumental

Chuva Dissolvente



(Xutos&Pontapés)

Entre a chuva dissolvente
No meu caminho de casa
Dou comigo na corrente
Desta gente que se arrasta.
Metro, túnel, confusão,
Quente suor vespertino
Mergulho na multidão,
No dia-a-dia sem destino.

Putos que crescem sem se ver
Basta pô-los em frente à televisão
Hão-de um dia se esquecer
Rasgar retratos, largar-me a mão.
Hão-de um dia se esquecer,
Como eu quando cresci.
Será que ainda te lembras
Do que fizeram por ti?

E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei, já me esqueci...

Quando te livrares do peso
Desse amor que não entendes,
Vais sentir uma outra força
Como que uma falta imensa.
E quando deres por ti
Entre a chuva dissolvente,
És o pai de uma criança
No seu caminho de casa.

E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei...
Já me lembrei, já me esqueci...

Fala do Homem Nascido



GALRITO
(José Niza/António Gedeão - Desculpem o Vesgo, mas o original não se encontra no YouTube)

Venho da terra assombrada
Do ventre de minha mãe
Não pretendo roubar nada
Nem fazer mal a ninguém

Só quero o que me é devido
Por me trazerem aqui
Que eu nem sequer fui ouvido
No acto de que nasci

Trago boca para comer
E olhos para desejar
Tenho pressa de viver
Que a vida é água a correr

Venho do fundo do tempo
Não tenho tempo a perder
Minha barca aparelhada
Solta rumo ao norte
Meu desejo é passaporte
Para a fronteira fechada

Não há ventos que não prestem
Nem marés que não convenham
Nem forças que me molestem
Correntes que me detenham

Quero eu e a natureza
Que a natureza sou eu
E as forças da natureza
Nunca ninguém as venceu

Com licença com licença
Que a barca se fez ao mar
Não há poder que me vença
Mesmo morto hei-de passar
Com licença com licença
Com rumo à estrela polar

A Nossa Querida Língua Portuguesa!

Bem sei que esta é uma graçola batida, mas comprei hoje na FIC (Feira internacional de Carcavelos) um azulejo com a mesma para o afixar aqui na Taverna!..
Se o Mário ... Mata,
a Florbela ... Espanca,
o Jaime ... Gama
e o Jorge ... Palma,
o que é que a Rosa Lobato ... Faria?
E, já agora:
Talvez a Zita ... Seabra,
para o António Peres ... Metello...