PART II
PART III
Não sou cego. Sou apenas vesgo, oiço e falo bem. Além disso, "A cegueira do juízo e amor-próprio é muito maior que a cegueira dos olhos" (António Vieira). Por isso mesmo, criei este espaço. Para partilhar convosco o que se vê, diz-se e acontece nesta Taverna porque "Não pode haver maior cegueira, nem mais cega, que ser um homem cego, e cuidar que o não é" (Idem). Tenham também presente que um Vesgo é da poucas pessoas que consegue ter, simultaneamente, um olho no burro e outro no cigano...
PART II
PART III
Entendi, até para variar um pouco dando folga à corja do costume, reflectir sobre este delicado fenómeno que ainda é muito pouco discutido e que, paradoxalmente, é a forma de violência doméstica que maior crescimento tem tido, em paralelo com a exercida contra a pessoa idosa.
A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente.
Trata-se de um problema que atinge ambos os sexos e não costuma obedecer a nenhum nível social, económico, religioso ou cultural específico.
A sua importância é relevante sob dois aspectos: primeiro, devido ao sofrimento indescritível que imputa às suas vítimas, muitas vezes silenciosas e, em segundo, porque, comprovadamente, a violência doméstica pode impedir um bom desenvolvimento físico, psicológico e social da vítima.
Neste Post, abordo apenas a violência doméstica exercida contra o homem.
Tipos de Violência
A violência doméstica, segundo alguns autores, é o resultado de agressão física ou psicológica ao companheiro ou companheira, aos filhos, aos pais e a outros familiares.
O homem vítima de Violência Doméstica, geralmente, possui pouca auto-estima (por desemprego, depressão, alcoolismo, etc.) e encontra-se preso à relação com quem agride, por dependência emocional ou material. A agressora sabe-o e faz uso disso. Geralmente acusa a vítima de ser o responsável pela agressão, a qual acaba por sofrer uma enorme culpa e vergonha.
Em algumas situações, que felizmente não representam a maioria, a violência doméstica persiste cronicamente porque a vítima apresenta uma atitude de aceitação e incapacidade de se desligar daquele ambiente, quer sejam por razões materiais, quer sejam emocionais. Para entender o tipo de personalidade do agredido persistentemente ligado ao ambiente de violência doméstica, poderíamos compará-la com a atitude descrita como co-dependência, encontrada em alcoólicos e toxicodependentes.
Violência Psicológica
A Violência Psicológica ou Agressão Emocional, às vezes é tão ou mais prejudicial do que a física. É caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida.
Um tipo comum de Agressão Emocional é a que se dá sob a forma de comportamentos de “chamadas de atenção”, cujo objectivo é mobilizar emocionalmente o outro para satisfazer a necessidade de carinho e de importância, sobretudo se estes afectos lhe foram negados na infância. A intenção da agressora passa por mobilizar outros membros da família, tendo como “isco” algum estado que exija atenção, cuidado, compreensão e tolerância.
É muito importante considerar a violência emocional produzida pelas pessoas com esta personalidade pelo facto dela ser predominantemente encontrada em mulheres, já que, a quase totalidade dos artigos sobre Violência Doméstica, dizem respeito aos homens agredindo mulheres e crianças.
Este é um lado da violência onde o homem sofre mais.
É um comportamento caracterizado por um colorido dramático e com uma notável tendência de buscar atenção contínua. Normalmente a agressora conquista os seus objectivos através de um comportamento afectado, exagerado, exuberante e por uma representação que varia de acordo com as expectativas de quem a ouve. Mas a sua natureza não é só movimento e acção: Quando ela percebe que ficar calada, reclusa ou isolada no quarto, ou com ares de “não querer incomodar ninguém”, é a atitude de maior impacto para esta situação de violência. Assim, acaba por conseguir o seu objectivo comportando-se dessa forma.
Através das suas atitudes a agressora consegue ainda manipular os demais membros da família.
Outra forma de Violência Emocional é fazer o outro sentir-se inferior, dependente, culpado ou omisso. É um dos tipos de agressão emocional dissimulada mais terríveis. A mais virulenta atitude com esse objectivo é quando a agressora faz tudo correctamente, impecavelmente certinho, não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o tamanho de sua incompetência. A agressora com este perfil tem prazer quando o outro se sente inferiorizado, diminuído e incompetente.
As ameaças de agressão física (ou de morte), bem como as crises de quebra de utensílios, mobílias e documentos pessoais também são consideradas violência emocional, pois não houve agressão física directa. Quando o conjugue é impedido de sair de casa, ficando trancado, também se constitui por violência psicológica, assim como os casos de um controlo excessivo e ilógico dos gastos da casa.
Violência Verbal
A violência verbal normalmente dá-se concomitante à violência psicológica. Algumas agressoras verbais dirigem igualmente a sua artilharia contra outros membros da família.
Em decorrência da sua menor força física e da expectativa da sociedade em relação à violência masculina, a mulher tende a especializar-se na violência verbal.
Por razões psicológicas íntimas, normalmente decorrentes de complexos, traumas de infância e conflitos, algumas pessoas utilizam-se da violência verbal infernizando a vida de outras, querendo ouvir, obsessivamente, confissões de coisas que as vitimas não fizeram. Estas, atravessam noites nessa tortura verbal sem fim: "Tu tens outra”; “Tu olhaste para fulana”; “Confessa, tu querias ter ficado com ela" e outro tipo de insinuações, normalmente argumentadas sob o rótulo de um relacionamento que deveria se basear na verdade.
A violência verbal existe até na ausência da palavra, ou seja, até nas pessoas que permanecem em silêncio. A agressora verbal, vendo que um comentário ou argumento é esperado para o momento, cala-se, emudece, vira as costas e, evidentemente, esse silêncio tortura mais a vitima do que se tivesse dito alguma coisa.
Nesses casos a arte da agressora está, exactamente, em demonstrar que tem algo a dizer e não diz. Por exemplo, aparenta estar doente mas não se queixa, mostra estar contrariada, "amua " e não fala, e assim por diante. Ainda agrava mais a agressão quando atribui a si a qualidade de "estar quietinha no seu canto", de não se queixar de nada, causando maior sentimento de culpa às vítimas.
Ainda dentro desse tipo de violência estão os casos de depreciação do trabalho do outro. Um outro tipo de violência verbal e psicológica diz respeito às ofensas morais. As esposas costumam ferir moralmente quando insinuam que o outro tem amantes. Muitas vezes a intenção dessas acusações é mobilizar emocionalmente o outro, fazendo-o sentir-se diminuído. O mesmo peso de agressividade pode ser dado aos comentários depreciativos sobre o corpo do conjugue.
Bibliografia:
PGR, "Violência Doméstica", 2002
Site da APAV, 14/06/2009;
Cosme Pinto, Paula, “Quando as Vitimas São Eles”, Jornal Expresso, 23/05/2009;
Neves, Céu, “Homens queixam-se cada vez mais de maus tratos”, Jornal D.N, 22/02/2005.
(Zeca Afonso no Coliseu de Lisboa)
Letra?..
Eles estão em foco; leiam-a nas noticias de hoje e de amanhã...
QUINCHE! Quinche valores a Inglês Técnico, teve o Sr. Engenheiro! Em Marketing, então nem se fala...
Porque, também neste Blogue, praticam-se a liberdade e o direito de expressão próprios das sociedades avançadas, republico vídeos censurados ou em vias de serem censurados pelo governo.
É uma discriminação!
Então e a mim?
Não me censuram de nada?..
Hã?..
SEM EIRA NEM BEIRA (CENSURADO)
Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os têm
Aos outros um passou bem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Quem anda a despedir
Ainda se fica a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
Espero vir a ter
Uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Vou conseguir encontrar
Mais força para lutar (4 X)
Senhor Engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar, enganar
O povo que acreditou
Conseguir encontrar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar
Mais força para lutar (3 X)
Senhor Engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
Senhor Engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a …
Senhor Engenheiro
Dê-me um pouco de atenção (2 X)
(Xutos&Pontapés)
SALVEM OS RICOS
Chegou a crise
Não há razão para temer
É que nesta crise
O Teixeira dos Santos vai nos proteger
Mas neste mundo injusto
O dinheiro está garantido
Para o pobre, o remediado
E o sem-abrigo
Mas pensa naqueles
Os multimilionários
Ficaram sem bens
E sem chorudos salários
E sem direito a indemnizações
Têm que pedir o aval
À sopa-dos-pobres de ricos
Ao banco de Portugal
O desespero tomou conta
De toda a Quinta da Marinha
Em vez de lavagante
Comem lambuginha
E vão ter de abandonar
O conselho de Estado
O quadro do “Miró”
Foi penhorado
Porque o que existe
Em Portugal
Já não é nenhuma liberdade
Saberão que estamos no Natal
O sol, praia
Limpam-lhe muitos milhões
As polícias tratam-nos como aldrabões
Saberão que estamos no Natal
Salvem os Ricos (3 X)
Ajudem os milionários
(Salvem os Ricos
Ajudem os milionários) (5 X)
(Where do we go?..)
(Contemporâneos&vários)
O PROMETIDO É DEVIDO - VERSÃO SÓCRATES
(Rui Veloso)
ENTREVISTA A JOSÉ SÓCRATES I (CENSURADO)
(Gato Fedorento)