Professores Vs Tutela
O Vesgo, após tanta balda quanta permanente observação sobre o que se diz e escreve na Blogosfera critica Portuguesa, começa a perceber, porque não é estúpido – só um pouco lento – que, “nesta coisa”, não obstante reconhecer que a mesma é muitíssimo mais credível do que tudo o que se escreve ou se diz na comunicação social, também há polvo e amigalhaços.
Ora bem, o Vesgo, como os ínfimos leitores da Taverna do Vesgo já se aperceberam, não pretende escrever dentro do sistema contra o sistema, mas fora do sistema a favor de um ideal sistema, porque, honestamente, é o que defende convictamente. Além disso, não deve favores a ninguém, particularmente ao Sócrates e amigalhaços. Igualmente, não deve um chavo ao Fisco ou à Segurança Social. Fez-se entender?...
Quer me parecer que estes factos mencionados, só por si, justificam as fracas visitas ao Blogue. Ou então, são tão eruditos os potenciais leitores que, por exemplo, se recusam a ler a Mafalda… Se for o caso, fica-lhes muito bem essa arrogância que é, de resto, muito semelhante à do Exmo. Senhor Presidente da Republica ou à do Exmo. Presidente da Região autónoma da Madeira.
Existe, a propósito, uma frase batida que é um chavão do Blogue “The Braganza Mothers” e que consiste na afirmação “Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas”.
Completo acordo ou o mesmo, sem ironia, não fosse excelente.
E por isso, com base nesse direito que deveria ser universal, apetece-me escrever sobre o desacordo dos Professores do Ensino Secundário versus a política seguida pela respectiva tutela. Leia quem ler, doa a quem doer.
O Vesgo, o que é muito raro num Taverneiro, concluiu o ensino secundário com o 12º inclusive, há perto de 20 anos. Como tal, tem seguido desde a pós-revolução até aos dias de hoje, o ensino secundário em Portugal: Como aluno, como educador (tenho um Tíbias que está no 12º ano e uma Baixinha no 8º ano!), como amigo de alguns Docentes, mas, sobretudo, como observador e crítico social.
Portanto, muitos rios de tinta, só por isso, justificava gastar.
Mas não. Cinjo-me apenas aquilo a que me propus.
Como já o disse e escrevi várias vezes, estou solidário com a luta expressa na rua de, pelo menos, 130 000 Professores. Sim, porque, sei-o, o número de Docentes descontentes é muito maior. Sobre este assunto, quero focar dois pontos:
Primeiro: No Portugal actual, não é assim que as manifestações surtem efeito. Quero dizer, não é uma espécie de festa na rua com bombos, alegria, etc. que sensibiliza os nossos ilustres políticos. Reparem que essa gente é do pior que existe: São mentirosos compulsivos, inflexíveis, ladrões, Arruaceiros (O Sócrates é tanto Engenheiro quanto eu sou Obstetra; O Durão Barroso assaltou a faculdade de Direito já a seguir ao 25 de Abril) e só utilizando a linguagem deles é que eles entendem. E esta baseia-se basicamente na chantagem.
Se tivessem bloqueado o tráfego automobilístico num dia de semana como fizeram os camionistas, se arrancassem as pedras da calçada como no Maio de 1968, se em vez de alegria manifestassem revolta e indignação (O próprio Mário Soares, então Presidente da Republica aquando o bloqueio da ponte 25 de Abril, afirmou que os “Portugueses tinham direito à Indignação”!), se entrassem em confronto directo com as autoridades, se levassem com jactos de água como na célebre manifestação de policias contra policias, estou certo que os resultados pretendidos, depois de o poder muito fungar, seriam rápidos a alcançar. Ou então, desfilavam em silêncio…
Saliento que nos exemplos acima mencionados, os revoltosos conseguiram o pretendido. A mal, mas conseguiram-no.
Chamo a vossa atenção para o facto de um governo que é eleito com base na melhor campanha eleitoral, entenda-se, com base em quem escreve mais nas paredes, cola os cartazes mais catitas e vistosos e em maior quantidade em tudo o que é parede, distribui papelada com as melhores cores, fala eloquentemente sobre aquilo que desconhece, veste-se mais “pipi”, faz promessas que sabe à partida que não as vai cumprir e diz a mentir aquilo que as pessoas querem ouvir, consegue numa manifestação fazer crer aos manifestantes que a Nossa Senhora de Fátima está ali, nunca compreenderá mensagens que não passem pela desordem publica. Não lhe está no sangue! Até porque uma manifestação pacífica fica apenas nos jornais Portugueses e por pouco tempo; As de que falo correm mundo…
Como tal e em primeira conclusão, entendo que os manifestantes assumiram uma postura inapropriada na manifestação. E o tempo assim confirmará…
Segundo: Avaliação do desempenho dos Professores.
Não tenho duvidas que a função dos Docentes é ensinar, devendo canalizar-se o máximo de tempo da sua actividade laboral para o efeito; Não tenho duvidas que o modelo de avaliação proposto pela Ministra é uma aberração, de tal forma que nem tenho palavras para o descrever (Já agora, um há parte muito particular: Lamento imenso que a personagem em causa tenha passado pelo ISCTE onde o Vesgo, atipicamente, também já passou. Em abono do Instituto, deixem-me dizer-lhe que quer ela quer o Santos Silva já tinham fama de medíocres. Então este ultimo tem inúmeros livros de Sociologia publicados sem um único pensamento seu…).
Agora, contrariamente aquilo que ouvi dizer de uma manifestante, não defendo que os Professores sejam artistas, antes Cientistas Profissionais.
E como Profissionais, tal como em todas as profissões, existem bons e maus Profissionais. Nesta perspectiva, parece-me correctíssimo que se queira separar o trigo do joio, como de resto se faz com todos os demais Profissionais. Não me parece justo que um Docente que entre na Escola “de Costas” (já pronto para sair) usufruía do mesmo mérito e regalias (que são poucas) do que aqueles que se dedicam, efectivamente, ao ensino. Não me parece que um Professor que entre sistematicamente na aula e ordena aos alunos “leiam o livro da Pag. Tal à Tal”, tenha o mesmo mérito dos demais.
Portanto sim à avaliação de Professores, não a este modelo!
Já agora um ultimo ponto: Os professores têm uma profissão tão digna e respeitável quanto outra qualquer. Penso que é muito saudável acharmos a nossa Profissão “a melhor do mundo”.
Contudo, posturas que alguns assumem colocando-se ligeiramente abaixo de Deus (tal como alguns Médicos), com Slogans do tipo “…eu toco o futuro…”, Blá, Blá, Blá, não só lhe fica mal como descredibiliza de alguma forma a Classe…
P.S.) O Vesgo é Taverneiro, não é Professor.
O Vesgo, após tanta balda quanta permanente observação sobre o que se diz e escreve na Blogosfera critica Portuguesa, começa a perceber, porque não é estúpido – só um pouco lento – que, “nesta coisa”, não obstante reconhecer que a mesma é muitíssimo mais credível do que tudo o que se escreve ou se diz na comunicação social, também há polvo e amigalhaços.
Ora bem, o Vesgo, como os ínfimos leitores da Taverna do Vesgo já se aperceberam, não pretende escrever dentro do sistema contra o sistema, mas fora do sistema a favor de um ideal sistema, porque, honestamente, é o que defende convictamente. Além disso, não deve favores a ninguém, particularmente ao Sócrates e amigalhaços. Igualmente, não deve um chavo ao Fisco ou à Segurança Social. Fez-se entender?...
Quer me parecer que estes factos mencionados, só por si, justificam as fracas visitas ao Blogue. Ou então, são tão eruditos os potenciais leitores que, por exemplo, se recusam a ler a Mafalda… Se for o caso, fica-lhes muito bem essa arrogância que é, de resto, muito semelhante à do Exmo. Senhor Presidente da Republica ou à do Exmo. Presidente da Região autónoma da Madeira.
Existe, a propósito, uma frase batida que é um chavão do Blogue “The Braganza Mothers” e que consiste na afirmação “Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas”.
Completo acordo ou o mesmo, sem ironia, não fosse excelente.
E por isso, com base nesse direito que deveria ser universal, apetece-me escrever sobre o desacordo dos Professores do Ensino Secundário versus a política seguida pela respectiva tutela. Leia quem ler, doa a quem doer.
O Vesgo, o que é muito raro num Taverneiro, concluiu o ensino secundário com o 12º inclusive, há perto de 20 anos. Como tal, tem seguido desde a pós-revolução até aos dias de hoje, o ensino secundário em Portugal: Como aluno, como educador (tenho um Tíbias que está no 12º ano e uma Baixinha no 8º ano!), como amigo de alguns Docentes, mas, sobretudo, como observador e crítico social.
Portanto, muitos rios de tinta, só por isso, justificava gastar.
Mas não. Cinjo-me apenas aquilo a que me propus.
Como já o disse e escrevi várias vezes, estou solidário com a luta expressa na rua de, pelo menos, 130 000 Professores. Sim, porque, sei-o, o número de Docentes descontentes é muito maior. Sobre este assunto, quero focar dois pontos:
Primeiro: No Portugal actual, não é assim que as manifestações surtem efeito. Quero dizer, não é uma espécie de festa na rua com bombos, alegria, etc. que sensibiliza os nossos ilustres políticos. Reparem que essa gente é do pior que existe: São mentirosos compulsivos, inflexíveis, ladrões, Arruaceiros (O Sócrates é tanto Engenheiro quanto eu sou Obstetra; O Durão Barroso assaltou a faculdade de Direito já a seguir ao 25 de Abril) e só utilizando a linguagem deles é que eles entendem. E esta baseia-se basicamente na chantagem.
Se tivessem bloqueado o tráfego automobilístico num dia de semana como fizeram os camionistas, se arrancassem as pedras da calçada como no Maio de 1968, se em vez de alegria manifestassem revolta e indignação (O próprio Mário Soares, então Presidente da Republica aquando o bloqueio da ponte 25 de Abril, afirmou que os “Portugueses tinham direito à Indignação”!), se entrassem em confronto directo com as autoridades, se levassem com jactos de água como na célebre manifestação de policias contra policias, estou certo que os resultados pretendidos, depois de o poder muito fungar, seriam rápidos a alcançar. Ou então, desfilavam em silêncio…
Saliento que nos exemplos acima mencionados, os revoltosos conseguiram o pretendido. A mal, mas conseguiram-no.
Chamo a vossa atenção para o facto de um governo que é eleito com base na melhor campanha eleitoral, entenda-se, com base em quem escreve mais nas paredes, cola os cartazes mais catitas e vistosos e em maior quantidade em tudo o que é parede, distribui papelada com as melhores cores, fala eloquentemente sobre aquilo que desconhece, veste-se mais “pipi”, faz promessas que sabe à partida que não as vai cumprir e diz a mentir aquilo que as pessoas querem ouvir, consegue numa manifestação fazer crer aos manifestantes que a Nossa Senhora de Fátima está ali, nunca compreenderá mensagens que não passem pela desordem publica. Não lhe está no sangue! Até porque uma manifestação pacífica fica apenas nos jornais Portugueses e por pouco tempo; As de que falo correm mundo…
Como tal e em primeira conclusão, entendo que os manifestantes assumiram uma postura inapropriada na manifestação. E o tempo assim confirmará…
Segundo: Avaliação do desempenho dos Professores.
Não tenho duvidas que a função dos Docentes é ensinar, devendo canalizar-se o máximo de tempo da sua actividade laboral para o efeito; Não tenho duvidas que o modelo de avaliação proposto pela Ministra é uma aberração, de tal forma que nem tenho palavras para o descrever (Já agora, um há parte muito particular: Lamento imenso que a personagem em causa tenha passado pelo ISCTE onde o Vesgo, atipicamente, também já passou. Em abono do Instituto, deixem-me dizer-lhe que quer ela quer o Santos Silva já tinham fama de medíocres. Então este ultimo tem inúmeros livros de Sociologia publicados sem um único pensamento seu…).
Agora, contrariamente aquilo que ouvi dizer de uma manifestante, não defendo que os Professores sejam artistas, antes Cientistas Profissionais.
E como Profissionais, tal como em todas as profissões, existem bons e maus Profissionais. Nesta perspectiva, parece-me correctíssimo que se queira separar o trigo do joio, como de resto se faz com todos os demais Profissionais. Não me parece justo que um Docente que entre na Escola “de Costas” (já pronto para sair) usufruía do mesmo mérito e regalias (que são poucas) do que aqueles que se dedicam, efectivamente, ao ensino. Não me parece que um Professor que entre sistematicamente na aula e ordena aos alunos “leiam o livro da Pag. Tal à Tal”, tenha o mesmo mérito dos demais.
Portanto sim à avaliação de Professores, não a este modelo!
Já agora um ultimo ponto: Os professores têm uma profissão tão digna e respeitável quanto outra qualquer. Penso que é muito saudável acharmos a nossa Profissão “a melhor do mundo”.
Contudo, posturas que alguns assumem colocando-se ligeiramente abaixo de Deus (tal como alguns Médicos), com Slogans do tipo “…eu toco o futuro…”, Blá, Blá, Blá, não só lhe fica mal como descredibiliza de alguma forma a Classe…
P.S.) O Vesgo é Taverneiro, não é Professor.
2 comentários:
Não me lixem! O modelo de avaliação pode ser uma merda, mas os professores nem querem sequer discutir outro! E ganham mal? Grande lata! Talvez alguns estagiários, mas os que estão a fazer mossa ganham mais que eu de certeza absoluta!(E eu até não ganho assim tão mal...). Sinceramente, acho que eles gostam muito da situação como está! Avaliação? ...da-se... que ainda me lixo e tenho de me aplicar...
Tive excelentes professores, mas tambem tive outros... que nem vou dizer aqui o que faziam ou diziam, porque até dava para irem para a prisão!
Caro Anónimo,
Relembro-lhe a ultima parte do que escrevi:
"Portanto, sim à avaliação de Professores, não a este modelo!
Já agora um ultimo ponto: Os professores têm uma profissão tão digna e respeitável quanto outra qualquer. Penso que é muito saudável acharmos a nossa Profissão “a melhor do mundo”.
Contudo, posturas que alguns assumem colocando-se ligeiramente abaixo de Deus (tal como alguns Médicos), com Slogans do tipo “…eu toco o futuro…”, Blá, Blá, Blá, não só lhe fica mal como descredibiliza de alguma forma a Classe"
A avaliação de desempenho, que já é uma realidade desde há muito tempo no sector privado, deve ser aplicada a toda a Administração publica sem exepções, para bem dos cidadãos e dos próprios Profissionais.
Não posso é concordar, de forma alguma, ainda mais, com a degradação da qualidade de ensino.
No fundo, compreendo-o e estou de acordo com parte do seu comentário.
Só discordo da questão salarial: Não me importo nada que eles ganhem bem (o que não é o caso de momento), desde que o desempenho seja excelente, isto é, ENSINEM BEM e dediquem-se à sua Profissão!
Cumprimentos,
Enviar um comentário